Governo Lula tem melhor desempenho desde o começo do ano, segundo pesquisa Genial/Quaest. Tensão entre Brasil e Estados Unidos permanece em foco com temor de impacto da lei Magnitsky, que pesou nos ativos brasileiros. Cade discute fusão Marfrig-BRF e Nubank sobe no pré-mercado. Bolsas interrompem queda em Nova York. Sessão tem ata do Fomc e fala de dirigentes do Fed. Veja os destaques:

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Aprovação de Lula sobe na Quaest

Luiz Inácio Lula da Silva Photographer: Dado Galdieri/Bloomberg

A pesquisa Genial/Quaest, divulgada nesta manhã, mostrou que o governo Lula teve seu melhor desempenho desde o começo do ano com a sensação de melhora nos preços dos alimentos e a postura do presidente diante do tarifaço imposto por Donald Trump, segundo o diretor da Quaest, Felipe Nunes, em postagem no X. A aprovação do governo de Lula subiu para 46% em agosto, em comparação com 43% em julho e a desaprovação foi a 51%, abaixo dos 53% no mês passado. Entre os entrevistados, 77% acreditam que as tarifas vão prejudicar suas vidas, comparado a 79% em julho. Segundo a sondagem, 71% dos entrevistados acham que Trump está errado ao justificar a tarifa por uma suposta perseguição ao ex-presidente Jair Bolsonaro, ante 72% no mês passado. “Parece cada vez mais evidente que o clã Bolsonaro sai desgastado deste episódio”, disse Nunes. Segundo ele, 69% dos brasileiros acreditam que Eduardo defende apenas os interesses da própria família nos EUA, enquanto só 23% veem nele a defesa dos interesses do Brasil. A Quaest ouviu 2.004 pessoas entre 13 e 17 de agosto. A margem de erro é de 2pp e o nível de confiança de 95%.

Tensão entre EUA e Brasil

O mercado financeiro mantém no radar a tensão entre o Brasil e os Estados Unidos, que levou à deterioração dos ativos locais nesta terça-feira. As ações de bancos tiveram quedas pronunciadas com o aumento do receio sobre impactos das sanções da Lei Magnitsky dos EUA sobre as instituições financeiras. Os papéis do Banco do Brasil foram os mais penalizados, com perda de 6%. A pressão também se observou no dólar, que avançou para R$ 5,50, e nos juros futuros de prazos mais longos, que disparam mais de 20 pontos básicos. A tensão cresceu desde segunda-feira, quando o ministro do STF Flávio Dino decidiu que decisões estrangeiras devem ser homologadas pela Justiça no Brasil e o governo dos EUA respondeu que nenhum tribunal pode anular as sanções do país. Apesar das preocupações, alguns dos maiores bancos brasileiros estão concluindo que as sanções dos EUA contra Alexandre de Moraes se aplicam apenas às suas contas em dólar, limitando seu potencial impacto no sistema financeiro do país, de acordo com pessoas familiarizadas com o assunto. Esses bancos estão atualmente avaliando a situação, disseram as pessoas, que pediram para não serem identificadas.

Ata do Fomc

Jerome Powell Photographer: Al Drago/Bloomberg

A ata da reunião da reunião de política monetária do Federal Reserve de julho deve trazer pistas sobre como as autoridades veem o repasse das tarifas aos preços ao consumidor, segundo a Bloomberg Economics. O documento da reunião, que manteve a taxa de juros americana estável, será divulgado às 15:00. Os mercados monitoram sinais sobre a exigência dos membros do Fed para um corte de juros em setembro e também aguardam a fala de Jerome Powell em Jackson Hole, na sexta-feira. A agenda americana ainda traz hoje falas dos dirigentes do Fed Christopher Waller e Raphael Bostic. O rendimento dos treasuries de 2 anos está de lado e o índice dólar mostra estabilidade depois de duas altas seguidas.

Queda de tecnologia tem alívio em NY

Os futuros dos índices em Nova York operam perto da estabilidade após três dias de queda impulsionada pela retração das grandes empresas de tecnologia. Os investidores reduziram as posições em grandes empresas do setor em meio à crescente preocupação de que o rali recorde do S&P 500 foi longe demais, apoiado fortemente em alguns líderes de crescimento. Entre as commodities, o petróleo opera em alta com indicação de queda dos estoques nos Estados Unidos, segundo relatório do setor. Operadores seguem atentos às negociações sobre a guerra na Ucrânia, já que um eventual acordo poderia levar à redução de restrições às exportações do produto da Rússia. O minério de ferro recua pela sexta sessão com cortes na produção de aço menores que o esperado.

Nubank, Marfrig-BRF, BRB-Master

 

Sede do Nubank em São Paulo Photographer: Jonne Roriz/Bloomberg

As ações do Nubank sobem no pré-mercado em Nova York com a elevação da recomendação pelo Citi em dois níveis, de venda para compra, após os resultados. Gustavo Schroden, analista do Citi, espera que o ritmo dos lucros da fintech acelere e que “novas iniciativas pareçam estar dando resultados no crédito”. A fusão entre Marfrig e BRF será discutida pelo plenário do Cade na sessão de hoje, segundo pauta publicada no Diário Oficial da União. A Câmara Legislativa do Distrito Federal aprovou o negócio entre BRB e Banco Master. O Negócio ainda precisa ser aprovado pelo Banco Central.

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 A ata da reunião do FOMC realizada em julho deve trazer pistas sobre como as autoridades veem o repasse das tarifas aos preços ao consumidor, segundo a Bloomberg Economics. Com Patricia Xavier. Ouça aqui.

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